O exercício da liberdade de expressão de forma inconsequente passou a ser defendido por grupos políticos, comunicadores, religiosos e várias outras parcelas da população. Exercida de forma plena, argumentam, esse direito permite falar o que se quer, quando quiser, doa a quem doer. Eventos recentes, com a defesa da existência de partidos nazistas no Brasil, colocaram em destaque que a liberdade de expressão possui limites, que ele não se sobrepõe a outros direitos e que existem punições para quem abusa desse direito. Como a liberdade de expressão passou a ser instrumentalizada politicamente é o tema da entrevista da jornalista Vivian Menezes com o cientista político João Brant. Ele argumenta como essa discussão chega ao Brasil, o papel das redes sociais na promoção do argumento de que a liberdade de expressão não pode ser limitada e avalia a necessidade de regulação jurídica do tema. Brant aponta como as redes sociais sobrevivem ao estimular e dar visibilidade para discursos polêmicos, analisa a relação entre imprensa e liberdade de expressão e sinaliza as dificuldades de ação do Poder Judiciário para coibir crimes realizados por meio de discursos. O cientista político também comenta o impacto dessa discussão na disputa eleitoral de 2022.
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