A crise provocada pela guerra da Rússia na Ucrânia agravou a alta do preço do petróleo no mercado internacional com reflexos aqui no Brasil. A Petrobras voltou a aumentar os preços após um curto período sem repassar a alta do valor da commoditie no exterior. O reajuste acalma o mercado, que temia interferências no preço da gasolina e do diesel, mas provoca impactos ao aumentar o custo de vida da população, com reflexos que serão sentidos no índice de inflação. O contexto internacional do petróleo e os reflexos na vida brasileira são o tema da entrevista da jornalista Vivian Menezes com o professor Klaus Dalgaard. Ele enumera os impactos da gerra no Leste Europeu no custo dos combustíveis e sinaliza que o mundo caminha para um cenário de estagflação, quando a economia fica estagnada com aumento de preços para a população. Dalgaard vê países como China e Venezuela agindo de forma pragmática nas relações exteriores e atrás de benefícios para as próprias economias. O professor aponta que o mundo pode caminhar para a retomada de uso de energias poluentes, mas vê espaço para o crescimento de carros elétricos e para a retomada da energia nuclear. No caso do Brasil, Klaus diz que a intervenção no preço dos combustíveis é um péssimo sinal para o mercado e que essa ação afugenta investidores externos. Ele também diz que essa política beneficia os mais ricos e que outras medidas seriam mais efetivas, como a mudança no cálculo dos impostos do setor. O professor reforça o risco de aumento de inflação no Brasil e aposta em um cenário mundial de nova Guerra Fria enquanto o presidente russo Vladimir Putin permanecer no poder
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