O tema menstruação vem ganhando espaço na mídia e na agenda de políticas públicas, especialmente com referências à pobreza e à dignidade menstruais. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 35% de adolescentes e jovens que menstruam já passaram por dificuldade, sem acesso a absorventes, copinhos, água ou outra forma de cuidar da higiene menstrual. O Geração fala da lei aprovada pela Assembleia de Minas para garantir condições sanitárias mínimas durante a menstruação de estudantes de escolas públicas e mulheres em presídios, onde até miolo de pão é usado para absorver o fluxo. O programa traz ainda uma ação comunitária sobre dignidade menstrual, desenvolvido por uma creche de Santa Luzia. O projeto foi selecionado em um edital nacional e agora leva informações sobre saúde e direitos sociais e ajuda a combater a pobreza menstrual na vizinhança da creche. A médica ginecologista Ana Cristina Costa também participa, mostrando como as famílias vivenciam a chegada da menstruação. Segundo ele, já é mais comum pais e mães levarem filhas ao médico, quando surgem os primeiros sinais da puberdade, mas ainda há os que veem informação e mesmo a ida ao ginecologista como incentivo à iniciação sexual. Para Nise e Júlia Maia, mãe e filha adolescente ouvidas pelo programa, sobra naturalidade em casa, onde o pai compra absorventes normalmente, mas a garota reclama dos tabus que ainda existem no ambiente escolar.