Em 5 de novembro de 2016, a Tragédia de Mariana completa 1 ano. Documentário Memórias Rompidas, da TV Assembleia, resgata a memória de diferentes personagens do desastre ambiental, social e cultural que devastou a região.
Episódio conta do trabalho de resgate das vítimas, na visão do subtenente Selmo de Andrade, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. A corporação cedeu à TV Assembleia fotos e imagens tiradas a partir de drones. Dos primeiros lamentos que ouviu dos sobreviventes, o militar destaca a perda de fotografias e álbuns de família, registros afetivos que guardam a memória e a história de cada um.
"Sempre que eu falar de Bento, sinto muito, porque o coração dói".
Selmo de Andrade
Subtenente do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
Nesse episódio, depoimento do repórter fotográfico do jornal Estado de Minas Euler Jr., autor da fotografia do menino Thiago, que pereceu na tragédia. A foto do menino, feita no calor do resgate, foi premiada no Brasil e nos Estados Unidos. Ao todo, foram contabilizadas 19 mortes em decorrência do rompimento da barragem da Samarco.
"Bento antes me parecia ser um pequeno paraíso e o que eu vi foi o inferno".
Euler Jr.
Repórter fotográfico do jornal Estado de Minas
Episódio comprova como a fotografia pode ser a história da vida.
"No interior, os seus clientes passam a ser seus amigos. Eu vou fazer o álbum de todos vocês novamente".
Elvio
Fotógrafo
Esse episódio mostra a situação no 2º distrito atingido pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana. Uma cidade que virou fantasma. Um morador que agora luta pelos direitos dos atingidos pela lama da mineração.
"Paracatu morreu. Vai nascer uma outra comunidade. Mas o Paracatu que a lama destruiu nunca mais".
Marino
Morador de Paracatu, subdistrito de Mariana
Epidósio revela a dimensão de uma tragédia familiar.
"Quando eu peguei na mão dela para segurar, só deu tempo de falar que amava ela".
Wesley
Pai de Emanuelly, Nícolas e Moisés
Episódio exibe a paixão dos moradores com o futebol e a dedicação ao União São Bento Futebol Clube. Mesmo que agora cada um more em um canto, os amigos não desanimam em manter a tradição. O técnico Onézio conta e se emociona.
"Você chora mesmo, cara. E olha que achava que homem não chorava. Daí pra cá, virei uma manteiga".
Onézio
Técnico de futebol