Deputado contesta declarações de colegas petistas
Críticas recaem sobre o presidente eleito Lula e sobre o processo eleitoral. Morte de Marcos Tito também é lembrada.
Afirmando fazer um contraponto a colegas petistas que se manifestaram no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em reunião anterior, o deputado Sargento Rodrigues (PL) usou a tribuna na tarde desta quinta-feira (3/11/22) para criticar a presença do presidente eleito Lula na corrida presidencial, após condenações por corrupção e lavagem de dinheiro. Para ele, a Constituição foi “rasgada” do início ao fim no processo eleitoral, e a vitória de Lula “significa que o crime compensa”.
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O parlamentar citou as condenações de Lula pelos casos do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, ambos no estado de São Paulo, e atribuiu a liberação do presidente eleito a uma “canetada do militante de esquerda Edson Fachin”, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sargento Rodrigues também retrucou os colegas que criticaram os bloqueios em rodovias após as eleições e justificou a insatisfação dos manifestantes com possíveis fraudes, como a não inserção de propaganda de Jair Bolsonaro (PL) em rádios.
“Também ouvi que Lula governará para todos, sobretudo para os que mais precisam. Só se for para seus comparsas e aliados dessa organização criminosa”, afirmou. Sargento Rodrigues ainda lembrou que foi recebido com gás lacrimogêneo em Ouro Preto, em 2016, durante o governo Fernando Pimentel (PT), para contrapor as reclamações de que os professores sempre são agredidos, enquanto os manifestantes que bloqueiam as estradas, não.
Outra fala contestada foi a de assédio eleitoral em Minas. Segundo o deputado, “malas e malas de dinheiro vivo” destinadas à compra de votos foram apreendidas no Nordeste. Ele também elogiou o presidente Jair Bolsonaro e sua atuação na defesa das mulheres, com a sanção de aproximadamente 40 leis em benefício desse público.
Para o parlamentar, o presidente acendeu a fagulha do patriotismo e é preciso não descansar até “arrancar Lula da cadeira de presidente”.
Nesse sentido, Sargento Rodrigues também conclamou os manifestantes a uma marcha a Brasília (DF). Segundo ele, a verdadeira democracia é a tomada do poder pelo povo, "se preciso, com o sacrifício da própria vida".
Relação entre Minas e União
O deputado Carlos Pimenta (PDT) também abordou a questão política e afirmou estar preocupado com declaração de Lula sobre a participação do governador Romeu Zema (Novo) nas eleições. “Ele deixou de forma velada a indisposição em atender Minas Gerais. Espero que isso não se concretize”, afirmou.
Para o parlamentar, a democracia está abalada, e o governador precisará de deputados preparados e aguerridos na próxima legislatura. Carlos Pimenta não foi reeleito.
A morte do ex-deputado Marcos Tito também foi citada por ele e lembrada no Plenário com um minuto de silêncio. Carlos Pimenta citou parte da trajetória política e profissional de Tito, a quem chamou de homem de bem e grande mineiro, humilde e preparado. “Ele deixou sua marca na Assembleia. Eu lamentei não estar presente ao velório e envio o abraço de todo o PDT”, afirmou.
Projeto orçamentários
Ainda durante a Reunião Ordinária, foi comunicada decisão da Presidência acolhendo Acordo de Líderes que prorroga, até o dia 18 de novembro, o prazo para o recebimento de emendas aos Projetos de Lei (PLs) 4.008/22 e 4.009/22, os quais trazem, respectivamente, a revisão para o exercício de 2023 do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2020-2023 e a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023.